O cruzamento das Linhas, os corpos e seus outros nas religiões de matriz africana
Resumen
Neste artigo apresento as conexões que se dão entre diferentes entes, formas religiosas e cosmo-ontológicas, que ocorrem nas práticas rituais e cotidianasda religião de Linha Cruzada. Para tal, articulo elementos empíricos oriundos da experiência etnográfica junto a dois terreiros localizados no estado do Rio Grande do Sul. Compreendo que a conectividadee o jogo das diferenças que compõem a Linha Cruzada formam-se enquanto partes de uma lógica rizomática e indicam elementos-chave para entendermos outros modos de existência e relações cosmopolíticas, que envolvem diferentes perspectivas.Citas
ANJOS, José Carlos Gomes dos (1995). O corpo nos rituais de iniciação do batuque. In: Ondina Fachel Leal. (Org.). Corpo e significado. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
________. (2006) No Território da Linha Cruzada: a cosmopolítica afro-brasileira. Porto Alegre: Editora UFRGS.
________. (2008) A filosofia política da religiosidade afro-brasileira como patrimônio cultural africano. Porto Alegre: Debates do NER, Ano 9, número 13, p. 77-96, jan/jun.
ANJOS, José Carlos Gomes dos; ORO, Ari Pedro. (2009) Festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre. Sincretismo entre Maria e Iemanjá. Porto Alegre: Secretaria Municipal de Cultura.
ÁVILA, Carla Silva. (2011) A Princesa Batuqueira: etnografia sobre a interface entre o movimento negro e as religiões de matriz africana em Pelotas, RS. Dissertação de Mestrado em Ciências Sociais. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas.
BARBOSA NETO, Edgar Rodrigues. (2012) A máquina do mundo: variações sobre o politeísmo em coletivos afro-brasileiros. Tese de Doutorado em Antropologia Social. Rio de Janeiro: PPGAS/Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro.
DELEUZE, Gilles. (2000). Diferença e Repetição. Lisboa: Relógio d'Água.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. (2007) Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia. Volume 4. São Paulo, Editora 34.
GOLDMAN, Marcio. (2005) Formas do Saber e Modos do Ser. Observações Sobre Multiplicidade e Ontologia no Candomblé. Religião e Sociedade 25 (2): 102-120.
________. (2009) História, devires e fetiches das religiões afro-brasileiras: ensaio de simetrização antropológica. Análise Social. Lisboa: Vol. XLIV (190), p. 105-137.
ORO, Ari Pedro (org). (1994) As religiões Afro-brasileiras do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, EDUFRGS.
________. (2012) O atual campo afro-religioso gaúcho. Civitas. Porto Alegre, v. 12, n. 3, p. 556-565. set.-dez.
RAMOS, João Daniel Dorneles. (2015) Quilombolas de Beco dos Colodianos. Identidade, diferença e territorialidades. Curitiba: Appris.
RODOLPHO, Adriane Luisa. (1995) O corpo na Quimbanda: contrapontos entre Eros e Thánatos. In: Ondina Fachel Leal. (Org.). Corpo e significado. Porto Alegre: Editora da UFRGS.
STENGERS, Isabelle. (1997) Cosmopolitiques VII – Pour en finir avec la tolérance. Paris: La Découverte.
STRATHERN, Marilyn. (2009) O gênero da dádiva. Campinas, Editora Unicamp.
WAGNER, Roy. (1991) The Fractal Person. STRATHERN, Marilyn; GODELIER, Maurice (org.). Big Men and Great Men: Personifications of Power in Melanesia. Cambridge: Cambridge University Press.
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo registrado con lalicencia de atribución de Creative Commons, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.
- Se permite y recomienda a los autores/as a publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales) antes y durante el proceso de revisión y publicación, ya que puede conducir a intercambios productivos y a una mayor y más rápida difusión del trabajo publicado (vea The Effect of Open Access).